Efeito cicatrizante do extrato da casca de Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima feridas cutâneas de segunda intenção

Geisla Vieira geislateles, Tânia Toledo de Oliveira, Carlos Henrique da Silva, Marcelo Rocha da Costa, Dalila Teixeira Leal, Cíntia Maria Chagas Carvalho

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Resumen

Introdução: Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima é uma leguminosa arbórea cujo nome popular é angico. Na medicina popular brasileira suas cascas são utilizadas no tratamento de feridas e queimaduras.
Objetivo: investigar o efeito do extrato hidroalcoólico da casca de angico na cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção através do índice de contração e análise estereológica do tecido cicatricial.
Métodos: extrato foi produzido com 400g da casca moída maceradas em água/etanol 1:1 até exaustão. Creme Lanette 24 % foi preparado e a este adicionado extrato de angico até atingir 1 % e 5 %. Vinte e quatro coelhos machos, da raça Albino Nova Zelândia, 60 dias, com peso de 2,8 kg, foram divididos em quatro grupos com seis animais cada, nos quais foi induzida uma ferida de 1,5 cm x 1,5 cm com bisturi na região dorsal torácica de cada animal. O G1 foi tratado diariamente com solução salina 0,9 %; G2 com extrato de angico 1 %; G3 com extrato de angico 5 % e G4 tratado com Fitoscar®. Índice de contração de ferida foi medido no 7º, 10º e 14º dia após incisão cirúrgica. Eutanásia foi realizada após 14 dias de tratamento e as amostras de pele encaminhadas para avaliação estereológica do processo cicatricial, analisando fibroblastos, vasos, células inflamatórias e índice de maturação do colágeno.
Resultados: extrato de angico 1 % e 5 % promoveram contração da ferida, ativação fibroblástica, neovascularização e maturação do colágeno.
Conclusões: a utilização tópica do extrato da casca de angico 1 % e 5 % mostrou-se eficiente no processo cicatricial, sobressaindo na fase proliferativa, justificando seu uso na medicina popular e potencial uso fitoterápico.